A doença de Parkinson caracteriza-se como um distúrbio progressivo do sistema nervoso, que afeta especialmente a motricidade. Uma de suas características mais peculiares é o fato de seus sintomas se iniciarem de maneira quase imperceptível, muitas vezes com um tremor leve em apenas uma das mãos, que evolui gradualmente com o decorrer do tempo.
Essa doença atinge aproximadamente 3% dos brasileiros com mais de 65 anos e desencadeia consequências motoras e não motoras. Devido a isso, a doença de Parkinson muitas vezes não é identificada nos estágios iniciais, fazendo com que as famílias das pessoas atingidas pela doença busquem ajuda médica apenas quando ela já está em um grau avançado.
Neste artigo, vamos saber mais sobre a doença. Continue a leitura!
Como surge a doença
Antes de tratarmos especificamente de cada sintoma da doença, vamos entender como ela surge no sistema nervoso.
O fator que a origina é a diminuição da produção da dopamina, que é a substância neurotransmissora relacionada aos processos motores. Essa diminuição se dá pela morte ou não funcionamento pleno dos neurônios.
A falta da dopamina em quantidades normais desencadeia uma série de falhas na transmissão de sinais elétricos de uma célula nervosa para outra, fazendo com que vários neurônios passem a disparar estímulos indesejados. Esses estímulos começam a ser enviados aos músculos de forma desordenada, o que acarreta uma série de tremores na região da cabeça e dos membros superiores.
Não existe consenso no meio médico sobre qual seria a causa exata desse desgaste dos neurônios e a consequente diminuição da produção de dopamina. Porém, muitos profissionais da saúde acreditam que a junção de fatores de ordem genética (alguma mutação hereditária) e da exposição a determinadas substâncias tóxicas podem potencializar as chances de desenvolvimento da doença de Parkinson.
Por fim, existem alguns fatores de risco para o desenvolvimento desta neurodegeneração, como idade — o risco do Parkinson aumenta com a idade, sendo mais comum em pessoas acima dos 60 anos de idade ou mais — e gênero, uma vez que homens são mais propensos a desenvolvê-la do que mulheres.
Os principais sintomas da doença de Parkinson
Ao contrário do que muitos pensam, os sintomas do Parkinson vão muito além dos tremores. Muitas vezes, esses sinais são até confundidos com outras doenças menos graves, ou são minimizados, o que prejudica muito seu tratamento. Conheça outros sintomas menos conhecidos da doença:
- Redução da expressão facial;
- Redução do balançar dos braços ao caminhar;
- Alteração na fala, que pode se tornar suave e baixa e, por vezes, até arrastada;
- Perda de memória;
- Alterações drásticas de humor;
- Bradicinesia, que consiste na lentidão dos movimentos;
- Redução da capacidade de movimentação dos olhos, o que pode levar à visão dupla;
- Perda do olfato em decorrência dos problemas que passam a surgir no sistema nervoso;
- Constipação, que pode se desenvolver alguns anos antes do diagnóstico da própria doença de Parkinson e se agrava com o tempo;
- Rigidez muscular tanto nas pernas quanto nos braços, o que pode ocasionar perda de equilíbrio e quedas.
Quer saber mais? Estou sempre disponível para responder quaisquer dúvidas que vocês possam ter e ficarei muito feliz em interagir com todos sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!