doenças neurológicas

O que são doenças neurológicas?

As doenças neurológicas estão ligadas ao prejuízo do cérebro, dos nervos periféricos  ou da medula espinhal, que compõem o sistema nervoso central e o periférico.

O sistema nervoso é uma rede complexa de comunicação do organismo, no qual diversos órgãos desempenham diferentes funções, como captar mensagens e estímulos do ambiente, interpretar esses estímulos, além de arquivar todos esses dados.

Consequentemente, o organismo responde, seja com movimentos, sensações ou abstrações. Assim, o prejuízo neurológico diz respeito à interrupção de qualquer um desses processos elementares do sistema nervoso, podendo afetar de forma grave a vida do paciente.

Quais as causas das doenças neurológicas?

Atualmente, existem mais de 600 tipos de doenças neurológicas conhecidas, que vão desde casos comuns, como dores de cabeça frequentes, até os mais complexos, como demências ou síndromes raras.

Tendo em vista a multiplicidade de doenças neurológicas existentes, é praticamente impossível eleger causas em comum para a ocorrência desses males. No entanto, de forma geral, alterações no cérebro, na medula e nos nervos podem ser resultado da influência de:

  • fatores genéticos;
  • acidentes ou lesões físicas;
  • infecções;
  • doenças circulatorias
  • alimentação inadequada;
  • estilo de vida;
  • ambiente.
  • fatores emocionais

Principais doenças neurológicas

Apesar dos diferentes problemas que podem afetar o sistema nervoso, alguns deles são mais conhecidos. O Parkinson é um exemplo. A doença atinge cerca de 1% da população acima dos 65 anos. Sua causa é a morte progressiva dos neurônios responsáveis pela produção de dopamina — neurotransmissor que controla os movimentos do corpo, além de ter outras funções, como regular a memória e a sensação de prazer.

Conheça outras doenças neurológicas e suas causas:

  • Alzheimer — Doença que afeta 15% dos pacientes acima dos 65 anos. Por isso, é considerada a mais comum doença neurodegenerativa. A causa ainda não é conhecida, mas estudos demonstram haver relação com uma mutação genética dos neurônios, bem como haver maior prevalência em famílias com histórico anterior da doença.
  • Derrame cerebral (AVC) — Ocorre pela obstrução ou rompimento dos vasos  sanguineos cerebrais. As causas mais comuns são a hipertensão, a diabetes, o tabagismo e o colesterol alto.
  • Dor neuropática — Consiste na sensação dolorosa que pode ser causada pelo agravamento da diabetes tipo 2, neuralgia pós-herpética ou trigeminal, acidente vascular encefálico, esclerose múltipla, lesão da medula, entre outras causas.

Outras doenças neurológicas mais prevalentes

Além das doenças citadas, existem outras alterações do sistema nervoso que costumam ter maior diagnóstico médico, tais como:

  • demencias
  • cefaleias  (dores de cabeça);
  • epilepsias (convulsões)
  • doenças desmielinizantes (como esclerose múltipla)
  • esclerose lateral amiotrófica;
  • miopatias (doenças musculares);
  • neuropatias periféricas
  • meningites e encefalites;
  • outras doenças infecciosas do sistema nervoso.
  • miastenia gravis
  • ataxias

Principais sintomas

Doenças neurológicas podem se manifestar por meio de sinais físicos, emocionais e comportamentais. Nos dois últimos casos, os sintomas mais comuns são alterações repentinas de humor (como fúria repentina), depressão, mudança no sono (dormir demais ou de menos), confusão mental, perda progressiva de memória, além de alucinações.

Já os sinais físicos, assim como os emocionais, podem atrapalhar o dia a dia do paciente, uma vez que existem mudanças bruscas nas sensações do corpo, como:

  • dificuldade de engolir;
  • fraqueza nos braços ou pernas;
  • dificuldades para andar;
  • formigamentos em uma ou várias partes do corpo;
  • tonturas e desequilíbrio;
  • anormalidades na visão (visão dupla, perda de campo visual);
  • dor de cabeça,
  • dores musculares sem causa anterior;
  • tremores;
  • câimbras;
  • desmaios;
  • alterações na fala.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico de qualquer doença neurológica passa primeiro pela consulta e pelo exame clínico com o neurologista. A partir dos sintomas levantados, o especialista  irá solicitar exames para confirmação da suspeita da doença, como ressonância magnética, tomografia computadorizada , PET CT E EXAME DO LIQUOR .Também podem ser solicitados exames neurofisiológicos, como o eletroencefalograma, ELETRONEUROMIOGRAFIA, potências evocados e exames laboratoriais.

Da mesma forma, costumam ser aplicados questionários e determinados testes para avaliação da atenção do paciente, de sua linguagem, do raciocínio, da memória e do aprendizado. Outros exames ainda podem ser utilizados na abordagem, como os de sangue para testes genéticos, de anticorpos ou para detecção de doenças suspeitas.

A análise do líquido cerebrospina(liquor)l, por meio da punção lombar, é uma opção realizada em laboratório. O uso de cada um desses métodos dependerá do tipo de doença neurológica a ser investigada.

O tratamento depende do diagnostico e é muito amplo. Pode   incluir psicofarmacos, anticonvulsivantes, imunossupressores , imunoterápicos , estimulação elétrica ou magnética cerebral  entre outras possibilidades .

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!

O que deseja encontrar?

Compartilhe