A demência se caracteriza como uma síndrome originada pela perda progressiva da capacidade intelectual do indivíduo, que passa a não ser mais capaz de realizar tarefas básicas do cotidiano. Isso inclui dificuldades para memorizar, se concentrar e aprender coisas novas. O resultado é o impacto direto na vida de quem desenvolve a doença, tanto no âmbito profissional quanto pessoal.
Neste artigo, explicamos mais sobre essa condição. Então, continue a leitura para saber mais!
Sintomas da demência
Além das dificuldades de concentração, memorização e aprendizado, outros sintomas podem ser destacados, merecendo a mesma atenção e cuidado, tais como:
- dificuldade para se comunicar;
- dificuldade com funções de coordenação e motoras;
- desorientação;
- comportamento inadequado;
- agitação;
- alucinações;
- alterações de personalidade;
- paranoia.
Causas e fatores de risco
Essa doença pode ter vários fatores de risco, sendo que alguns, como histórico familiar, idade e síndrome de Down, não podem ser prevenidos.
A demência raramente surge de forma espontânea. Em geral, há um fato causador, como um traumatismo craniano grave, alguma doença degenerativa ou o contato com alguma substância tóxica, como monóxido de carbono, que podem destruir os neurônios.
Já com pessoas em idade avançada, de 65 anos ou mais, podem haver sinais de demência, como perda de memória, concentração, entre outros. Contudo, é necessário buscar um neurologista para que haja o diagnóstico correto, pois é normal haver a queda de tais indicadores na medida em que envelhecemos. Portanto, apesar de o paciente apresentar determinados sintomas, pode ser que ele não esteja com demência.
Também é preciso considerar a prevalência do fator familiar, pois realmente há um risco maior de a condição se desenvolver em indivíduos da mesma família, caso nela já tenha havido casos de demência. Da mesma forma, pessoas com mutações genéticas específicas têm maior risco de serem afetadas. Porém, não se trata de uma regra e, muitas vezes, a doença não chega a se desenvolver nelas.
Por fim, existem fatores de risco externos e outras doenças que podem desencadear a demência, dentre os quais podemos destacar:
- alcoolismo;
- tabagismo;
- obesidade;
- hipertensão;
- depressão;
- diabetes;
Os tipos de demência e suas características
Existem dois tipos de demência: as reversíveis e as irreversíveis.
As demências reversíveis são caracterizadas pelo fato de provocarem danos no cérebro. Contudo, muitos dos sintomas e das sequelas podem ser revertidos, propiciando ao paciente uma vida normal após a recuperação.
Dentre os fatos causadores de demências reversíveis, podemos destacar tumores cerebrais, deficiência de vitamina B12, hidrocefalia normotensiva, dentre outros, que devem ser sanados assim que descobertos. Não apenas para reverter a demência, mas também para evitar que esse quadro se agrave.
Há o entendimento de que alguns medicamentos também podem ocasionar a perda de funções cerebrais importantes, principalmente em idosos, que costumam tomar uma quantidade grande de remédios. Portanto, é sempre importante acompanhar como o idoso vai reagir após iniciar o tratamento com alguma medicação nova.
Já as demências irreversíveis, também chamadas de degenerativas, têm como principal característica o fato de serem progressivas, ou seja, seus sintomas se tornam mais fortes no decorrer do tempo. A doença de Alzheimer é o principal exemplo de demência irreversível e degenerativa, causando danos cerebrais que não podem ser interrompidos.
Além da doença de Alzheimer, podemos citar outras que fazem parte desse grupo: demência vascular, resultante de uma série de pequenos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e demência frontotemporal, causada pela degeneração dos neurônios que compõem o lóbulo frontal do cérebro.
Tratamento da demência
O principal objetivo do tratamento é conter os sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente afetado pela doença. Por isso, deve-se analisar cada caso de maneira particular, pois cada paciente tem um grau específico da doença e, com isso, os tratamentos podem variar.
Geralmente, são receitados pelo neurologista diversos medicamentos, que atuam tanto no controle dos problemas comportamentais (causados pela perda da capacidade de julgamento), da confusão e da impulsividade, quanto na contenção dos sintomas, que, no caso das demências irreversíveis degenerativas, podem avançar a uma velocidade alarmante.
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