Uma das principais formas de tratamento para o indivíduo acometido pelo mal de Alzheimer são estímulos cognitivos. Esses estímulos ajudam a evitar a deterioração intelectual da pessoa. Contudo, alguns cuidados precisam ser tomados para evitar reações negativas.
Antes de apresentar a maneira de propor esses estímulos, conheça um pouco mais sobre a doença.
O que é Alzheimer?
É um transtorno neurodegenerativo que provoca a perda das funções cognitivas. Na fase inicial da doença, a pessoa demonstra sinais de esquecimento de eventos recentes. Porém, os fatos ocorridos anos atrás são lembrados com precisão. Quando a patologia se instaura, ocorre um distúrbio no processamento de algumas proteínas do sistema nervoso central. Essa anomalia faz com que fragmentos dessas proteínas tóxicas fiquem dentro dos neurônios. A toxicidade causa a perda progressiva de neurônios no hipocampo e no córtex cerebral.Quais são as causas?
Não há uma comprovação científica para as causas do mal de Alzheimer. Entretanto, as pesquisas apontam uma combinação de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, que podem ser responsáveis pelo aparecimento da doença. Alguns desses fatores são idade avançada, histórico da patologia na família, falta de exercício físico, obesidade, exposição ao fumo, hipertensão arterial, colesterol alto no sangue, diabetes tipo 2 não controlada e má alimentação.Quais são os sintomas?
A perda de memória recente é o sintoma mais evidente. Posteriormente, com a evolução do quadro, os sinais aumentam e são cada vez mais graves. Os sintomas mais corriqueiros são:- dificuldade de encontrar palavras que exprimem sentimentos;
- irritabilidade;
- agressividade;
- isolamento social;
- repetição da mesma pergunta várias vezes;
- dificuldade em manter uma conversa ou de elaborar pensamentos mais complexos;
- incapacidade de desenvolver estratégias para solucionar problemas;
- inaptidão para dirigir e se localizar;
- suspeição injustificada.
Como estimular o cognitivo das pessoas portadoras da doença?
Uma regra essencial para que a estimulação ofereça reais benefícios é a realização de tarefas ou atividades pelas quais o indivíduo já tinha interesse antes do diagnóstico. Dessa forma, haverá maior aceitação da parte dele. Mas isso não quer dizer que seja proibido apresentar novas possibilidades, pois é possível que o indivíduo desperte o interesse por algo novo. O importante é evitar a sobrecarga de atividades e a frustração por não conseguir realizar a tarefa proposta. Em seguida, conheça 4 atividades que são recomendadas com maior frequência para pessoas portadores do mal de Alzheimer.- Ajudar na cozinha: dependendo do estágio da doença, podem ajudar na escolha dos grãos de feijão, limpar a mesa do jantar, mexer os ingredientes, arrumar o armário da cozinha, entre outros.
- Usar calendário: é muito importante que essas pessoas estejam sempre localizadas no espaço-tempo. Para estimular isso, elas podem ter um calendário no quarto e, ao acordar, circular a data. Ao se deitar para dormir, marcam um “X”, sinalizando que o dia acabou.
- Fazer exercícios aeróbicos: caminhada, natação, hidroginástica e Pilates são algumas possibilidades indicadas. A atividade física estimula a coordenação motora, o equilíbrio e melhora a função respiratória.
- Estimular o raciocínio: o estímulo cognitivo é fundamental para controlar o avanço da doença. Incentivo à leitura, exercícios de aritmética, jogos de tabuleiro e atividades em grupo são bons exemplos.