A epilepsia é uma alteração temporária do funcionamento do cérebro que pode durar alguns segundos ou até minutos, sendo plenamente reversível, caso tratada de maneira ágil.
Durante uma crise epiléptica, os neurônios disparam uma série de sinais, que são descargas elétricas, resultando na perda de consciência súbita e uma série de movimentos involuntários. Esses sinais podem ser emitidos apenas de um local do cérebro, neste caso, a crise recebe o nome de epilepsia parcial, quanto se espalhar pelos dois hemisférios cerebrais, recebendo o nome de epilepsia generalizada.
Esta não é uma doença rara. A epilepsia atinge cerca de 1% da população mundial. As crises, por serem abruptas, assustam quem está ao redor, causando muito preconceito e estigma social. Esse preconceito inclusive impede que muitas pessoas tenham uma vida normal, podendo deixar sequelas psicológicas sérias.
As causas da epilepsia
O conjunto de causas que resultam em ataques epilépticos é vasto e de diferentes naturezas. A seguir, iremos listar cada uma delas e detalhá-las:
Traumatismos cranianos
Fortes choques na cabeça, decorrentes de graves acidentes automobilísticos ou de outra natureza, podem causar danos enormes no sistema nervoso, principalmente no cérebro. Dentre esses danos, a epilepsia surge como um dos mais perigosos, principalmente se ocorrer logo após o choque, com a vítima ainda entre as ferragens no caso de um acidente, por exemplo.
Infecções
Doenças como a meningite ou neurocisticercose podem desencadear alterações elétricas no funcionamento do cérebro, devido ao desenvolvimento das fases da doença dentro da região craniana. Tais alterações podem gerar ataques epiléticos, que servem de alerta no diagnóstico das doenças.
Mutação do gene ALDH4A1
Essa mutação origina a chamada epilepsia piridoxina-dependente, um tipo raríssimo da doença, que tem como principal característica a presença de crises epilépticas convulsivas, desde os primeiros meses de vida ou, em alguns casos, antes mesmo do nascimento do bebê.
Excesso de álcool e drogas
A ingestão excessiva de álcool e drogas ilícitas pode desencadear crises frequentes de epilepsia, pois o cérebro é sempre muito atingido pelo efeito dessas substâncias. Caso a vítima esteja tendo uma overdose, os riscos de um ataque epiléptico são enormes e muito perigosos.
Como proceder durante uma crise?
Apesar do susto inicial quando vemos alguém sofrendo uma crise epiléptica, é preciso ter calma e buscar agir da maneira mais recomendável em momentos como esse.
O primeiro passo é colocar o paciente deitado de costas, retirando de perto quaisquer objetos que poderiam machucá-lo, como pulseiras metálicas e relógios, por exemplo.
Feita a estabilização do paciente em um local confortável e seguro. Além disso, libere as vias respiratórias e, caso haja saliva em excesso, vire a cabeça da pessoa para o lado para evitar afogamento com a própria saliva ou vồmito.
Quer saber mais? Estou sempre disponível para responder quaisquer dúvidas que vocês possam ter e ficarei muito feliz em interagir com todos sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!