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Doença de Alzheimer: sintomas, causas e tratamentos

O Alzheimer se caracteriza como uma doença neurodegenerativa, que provoca grande dano às funções cognitivas, trazendo muitas dificuldades nas relações sociais. Isso ocorre pelo fato de que a doença altera bruscamente a personalidade das pessoas acometidas pela degeneração.

Trata-se do tipo mais comum de demência (representando cerca de 60% dos casos) e atinge uma porcentagem significativa da população idosa brasileira. No último levantamento realizado pelo Ministério da Saúde, 6% dos 15 milhões de idosos com mais de 60 anos no país apresentavam Alzheimer.

Causas e sintomas da doença de Alzheimer

Os principais fatores que originam a doença de Alzheimer são principalmente de origem genética e hereditária, considerando ainda o estilo de vida e aspectos ambientais que, por algum motivo, prejudicam a saúde cerebral, danificando os neurônios. Por consequência, a atividade cerebral dos pacientes é reduzida.

Exames realizados nos tecidos cerebrais de pacientes com a doença constataram características peculiares, como a presença elevada de placas de proteínas, chamadas beta-amiloide. Elas podem danificar e destruir as células cerebrais de várias formas. Além disso, foram localizados diversos emaranhados de células em padrões anormais, o que dificulta muito a transmissão dos impulsos nervosos nos neurônios.

Essa doença se desenvolve lentamente e, no seu início, é muito difícil que o paciente ou a família percebam alguma anormalidade. A leve perda de memória que ocorre nos idosos, ainda nos estágios iniciais do Alzheimer, muitas vezes é relativizada pela família, que acha isso normal, devido à idade. E esse é o momento mais perigoso, pois a doença silenciosamente vai progredindo e tornando-se mais grave.

A progressão do Alzheimer se dá em três fases distintas, que detalharemos a seguir:

Estágio inicial

Corresponde à fase muitas vezes imperceptível da doença. Como destacamos anteriormente, muitos acham que é apenas a “velhice” e acabam permitindo que a doença progrida para os dois estágios mais avançados.

Nessa fase, os principais sinais dados pelo paciente são: pequenas dificuldades de fala, perda significativa da memória recente, inatividade e desmotivação, mudanças de temperamento, se sentir perdido em locais que são familiares.

Estágio intermediário

Conforme a doença se desenvolve, todos os sintomas citados no estágio inicial se agravam, e o paciente começa a ter muitas dificuldades para desempenhar tarefas simples do cotidiano.

Além dos sintomas citados, alguns outros passam a surgir nessa fase, como, por exemplo: esquecimento do nome de pessoas e eventos recentes, impossibilidade de se higienizar sozinha, repetição de perguntas, gritos constantes, dificuldade para dormir, além de alucinações.

Estágio avançado

Na fase final da doença, o paciente se torna totalmente dependente de amigos e familiares e a inatividade é total. Os distúrbios mentais se tornam extremamente graves e problemas físicos ficam muito evidentes, onde o paciente passa a precisar de ajuda para comer, deglutir, urinar, defecar, além de não reconhecer nenhum familiar e não conseguir se comunicar.

Tratamentos

Infelizmente, ainda não há cura para a doença de Alzheimer. Contudo, existem tratamentos que visam amenizar seus efeitos e retardá-los ao máximo, para que o paciente possa ter uma boa qualidade de vida pelo maior tempo possível.

O tratamento para a doença é feito com medicamentos que são inclusive disponibilizados pelo SUS. Eles agem atenuando os distúrbios de comportamento e melhorando o déficit de memória dos pacientes.

Devemos ressaltar que a automedicação é proibida, visando a própria saúde e integridade do paciente. Apenas o neurologista poderá determinar quais remédios serão indicados, e a duração do tratamento. Portanto, ao menor dos sinais, busque ajuda especializada.

Quer saber mais? Estou sempre disponível para responder quaisquer dúvidas que vocês possam ter, e ficarei muito feliz em interagir com todos sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!

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