Tontura é um termo inexato, que engloba várias sensações que se relacionam diretamente, como a sensação de desmaio iminente e a vertigem (falsa sensação de movimento).
Pode haver ou não pressentimento de desmaio, mas, em todos os casos, o principal sintoma da tontura é a sensação de que tudo parece estar girando ao redor (vertigem) juntamente com a perda de equilíbrio ou instabilidade. Muitas vezes isso desencadeia outros sintomas como ânsia de vômito e náuseas. A maior incidência da tontura é nos adultos, entre os 30 e 50 anos, mas idosos e jovens também podem ser acometidos por esse distúrbio.
A ação mais comum que desencadeia uma tontura é se levantar abruptamente, o que causa uma queda momentânea da pressão arterial e do fluxo sanguíneo da cabeça. Assim, anormalidades no fluxo sanguíneo no sistema nervoso, mesmo que pequenas, podem ocasionar tonturas de diferentes intensidades.
Causas
As causas da tontura são diversas e podem ser específicas ou gerais. Dentre as causas gerais, que são a grande maioria dos casos, podem-se destacar:
- distúrbios do equilíbrio;
- doença de Meniere;
- tratamentos medicamentosos, intoxicações medicamentosas
- consumo de álcool e drogas;
- ferimentos graves na cabeça, traumatismo craniano;
- enjoo em transportes;
- hiper ou hipotensão ortostática;
- enxaqueca vestibular.
Existem algumas doenças que também provocam o sintoma. São as chamadas causas específicas:
- esclerose múltipla;
- tumor do cerebelo ou do nervo auditivo;
- inflamação do ouvido interno;
- neuroma acústico (perda auditiva progressiva e zumbido).
Tratamentos
Existem vários tratamentos para a tontura. É importante ressaltar que a automedicação não é recomendada, com exceção apenas das tonturas leves que ocorrem em transportes públicos, uma vez que a maioria dos casos apresenta baixa complexidade.
O foco do tratamento é sempre combater a causa da tontura e neutralizar seus efeitos. É a partir desse foco que a investigação realizada pelo neurologista torna-se importante. Por exemplo, em casos de tontura ocasionada por efeito colateral de remédios, o neurologista inicia o tratamento com a imediata suspensão deles.
Nos casos de tontura decorrente de doenças como distúrbios do ouvido interno, doença de Ménière, labirintite ou neuronite vestibular, é indicado o tratamento medicamentoso.
Caso a tontura persista, a fisioterapia também é uma boa opção de tratamento, pois ajuda o indivíduo a lidar com seu senso de equilíbrio perturbado. O fisioterapeuta trabalha em conjunto com o neurologista, visando combater os efeitos da tontura. A fisioterapia é muito indicada, inclusive para idosos, que se beneficiam dos exercícios para melhorar o equilíbrio, fortalecer os músculos e, ainda, ajuda a manter independência.
Ao sentir qualquer tipo de tontura, busque ajuda médica e detalhe o máximo possível todo o acontecimento, para a causa ser diagnosticada corretamente, uma vez que o tratamento combate primeiramente as causas para depois eliminar a consequência e seus efeitos.
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