A epilepsia é uma síndrome que tem como principais características as suas crises, que podem ser tanto parciais (se os sinais elétricos estão desorganizados em um dos hemisférios cerebrais) quanto totais (se essa desorganização ocorrer nos dois hemisférios).
A epilepsia é um distúrbio comum a várias doenças e é uma síndrome, ou seja, um conjunto de sinais e sintomas que caracterizam determinada condição. Portanto, para se constatar que há, de fato, um caso de síndrome, é necessário que as crises se repitam de forma espontânea, com intervalo de, no mínimo 24 horas, entre elas. Um episódio único não configura a síndrome.
Quais os sintomas da epilepsia?
Existem 3 tipos de crises epiléticas. Cada um deles apresenta uma série de sintomas bastante peculiares. A seguir, serão detalhados os tipos, juntamente com os sintomas inerentes a cada um.
- Crises epiléticas de ausência: esse tipo de crise recebe tal nome porque o indivíduo literalmente desliga, ficando com o olhar fixo. Por durar, geralmente, apenas alguns segundos, muitas vezes os familiares mal conseguem perceber a sua ocorrência.
- Crises epiléticas parciais simples e complexas: nessa crise o indivíduo passa por uma série de alucinações que distorcem sua percepção de tempo e espaço. Perde, ainda, o controle sobre os movimentos de uma parte do corpo. Havendo desmaio, a crise se denomina parcial complexa.
- Crises epiléticas convulsivas: talvez sejam as mais conhecidas e se caracterizam como mais agressivas, pois o indivíduo pode sofrer contrações musculares em todo o corpo, morder a língua, salivar de forma intensa e respirar ofegante.
Diante de qualquer uma dessas crises, inclusive havendo a crise convulsiva, é muito importante que seja mantida a calma. A duração delas é de poucos segundos ou minutos e se estabiliza espontaneamente. Enquanto a vítima se debater devido aos estímulos musculares, busque apoiar sua cabeça para evitar qualquer tipo de trauma e vire seu rosto para o lado, para evitar asfixia com saliva ou vômito.
É impossível que a língua seja arrancada durante uma crise epilética. O máximo que pode acontecer é algum ferimento, caso a vítima a morda. Portanto, não insira nenhum objeto em sua boca.
Tratamento
O tratamento à base de medicamentos são eficazes em cerca de 70% dos casos de epilepsia. A sua função é conter descargas elétricas cerebrais anormais, que são a origem das crises epilépticas.
A prática de atividades físicas comprovadamente auxilia na contenção das crises, melhora a qualidade de vida dos indivíduos acometidos e eleva sua autoestima, pois os exercícios agem interferindo nos circuitos cerebrais envolvidos nos ataques. Esportes radicais devem ser evitados e esportes aquáticos devem ser feitos sempre com supervisão de um profissional.
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