convulsão

Convulsão: entenda quais são as principais causas

A convulsão ocorre por um distúrbio, no qual acontecem, no cérebro, diversas descargas elétricas anormais, que duram cerca de 1 a 2 minutos. Existem casos em que a crise pode durar vários minutos. Tais descargas fazem os músculos se contraírem e relaxarem muitas vezes em pequenos intervalos, de tal maneira que o paciente chega a perder os sentidos.

Embora não seja a regra, essa condição pode ser “prevista”, pois o corpo emite algum sinal característico antes da crise ocorrer.

As crianças são vítimas dessa doença em uma proporção significativa. Cerca de 10% no mundo já tiveram alguma crise de convulsão. Já entre os adultos, aproximadamente 2% deles tiveram algum tipo de episódio convulsivo.

Por fim, em alguns casos, pode haver o surgimento de sequelas irreversíveis, devido à sobrecarga de impulsos elétricos. Nesses casos, ocorre a diminuição do fluxo de oxigênio para o cérebro, originando uma necrose no tecido cerebral.

Causas

As causas para o desencadeamento de crises convulsivas são diversas e vão desde lesões até o consumo de substâncias nocivas para o nosso organismo. A seguir, conheça as causas mais comuns das convulsões:

  • Febre alta: como aquela proveniente de insolação e infecções;
  • Infecções cerebrais: podem ser originadas por várias doenças, como AIDS, malária, raiva, sífilis, meningite, toxoplasmose, tétano, entre outras;
  • Distúrbios metabólicos: podemos destacar os altos ou baixos níveis de açúcar no sangue, e a quantidade inadequada de cálcio, magnésio ou sódio no sangue;
  • Outros distúrbios: hipotireoidismo, insuficiência renal, entre outros;
  • Falta de oxigenação cerebral;
  • Lesões e danos estruturais no cérebro: tais lesões podem se originar de doenças, como câncer, hidrocefalia ou traumatismos;
  • Ingestão de medicamentos: alguns medicamentos podem desencadear crises convulsivas;
  • Consumo de drogas ilícitas;
  • Exposição a toxinas, como chumbo e estricnina.

Os principais sintomas das convulsões são alterações da consciência, de sensibilidade ou sensoriais. Em alguns casos, também podem ocorrer alterações nos movimentos do maxilar e das mãos, além dos olhos, o que, consequentemente, afeta a visão.

Tipos de convulsões

Existem diversas formas de classificar as convulsões, sendo a mais importante a que se refere à região do cérebro afetada pelas descargas elétricas. Assim, vamos entender essa classificação e também outras que seguem critérios diferentes.

Convulsão parcial (focal) e generalizada

Esta é a forma como se classifica a convulsão, considerando a parte do cérebro afetada pelas descargas elétricas. Nela, existem também subdivisões, conforme veremos.

As convulsões parciais (ou focais) atingem apenas uma parte de um dos hemisférios cerebrais, e subdividem-se em parciais simples e parciais complexas.

Já as convulsões generalizadas atingem ambos os hemisférios cerebrais, podendo ser primárias (as descargas se iniciam na parte profunda central do cérebro e se espalham para os dois lados), ou secundárias (as descargas começam com uma convulsão parcial simples, que se espalha por todo o cérebro).

Convulsão febril

É desencadeada após as primeiras 24 horas de febre ininterruptas e é mais comum em crianças de até 5 anos de idade. O aumento da temperatura corporal prejudica o pleno funcionamento do cérebro, comprometendo suas principais funções. Essa convulsão não apresenta perigo para a criança e desaparece após o fim do estado febril. Porém, deve-se sempre levar a criança ao médico para acompanhamento.

Convulsão conversiva

Essa convulsão tem origem em fatores psicológicos, como neuroses e outros distúrbios. Os sintomas são idênticos aos outros tipos de convulsão, porém, não há alteração da atividade cerebral.

Quer saber mais? Estou sempre disponível para responder quaisquer dúvidas que vocês possam ter e ficarei muito feliz em interagir com todos sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!

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