alzheimer

A diferença entre esquecimento normal e Alzheimer

O Alzheimer, embora seja muito conhecido pelo público, é uma doença que ainda causa muitas dúvidas. 

Neste artigo, falaremos um pouco mais sobre essa enfermidade, diferenciando-a de outros quadros de esquecimento, causados pelo envelhecimento natural ou por outras razões. Continue a leitura para entender as diferenças.

O que é o Alzheimer?

É um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal. Ele se manifesta pelo processo de perda de memória e dificuldade de cognição e, com o tempo, compromete as atividades diárias, as funções motoras, a comunicação e o comportamento habitual do indivíduo afetado.

É importante dizer que ainda não há cura para essa doença. O tratamento visa estimular as funções cognitivas, promover maior sociabilidade (enquanto a doença está em estágio inicial) e também o seu desenvolvimento mental, buscando retardar o processo de degeneração.

Os cuidados que devem ser dados ao paciente, em especial quando este já está em idade avançada ou com a doença já instalada, envolvem preocupação com a alimentação, monitoramento constante e a adoção de uma nova rotina, que leve em consideração as limitações da pessoa doente.

Quais são os sintomas?

É aqui que começamos a falar entre as diferenças primordiais entre a enfermidade-tema deste artigo e o esquecimento natural.

Para começar, o Alzheimer é caracterizado especialmente pela perda de memória recente. 

Esquecer onde colocou as chaves, o nome de algum conhecido, um evento desimportante ou similares não são coisas particularmente preocupantes; quando se esquece onde está, quem foi a pessoa que esteve ao seu lado pela manhã ou eventos relevantes, a situação muda bastante de figura.

Outros sintomas do Alzheimer incluem:

  • Repetição de perguntas. Não é incomum que pessoas com essa enfermidade façam a mesma pergunta diversas vezes, em momentos diferentes ou até no mesmo dia;
  • Dificuldade para participar de conversas, desenvolver pensamentos complexos ou frequentar eventos sociais;
  • Apagamento de situações importantes. Não é incomum que as pessoas esqueçam que os filhos cresceram, que entes queridos faleceram ou que casamentos aconteceram na família. A pessoa também pode perder a noção do tempo e relatar acontecimentos passados como se tivessem acabado de acontecer;
  • Perda da capacidade de organização mental, com dificuldade para exercitar a fala, esquecimento de palavras e falhas na linguagem;
  • Impossibilidade de se orientar no espaço, com dificuldades motoras, desequilíbrio e irritabilidade;
  • Agressividade, tendência ao isolamento, ansiedade, interpretações equivocadas de palavras, gestos, sons e imagens.

Quais são os estágios da enfermidade?

A partir do diagnóstico da doença, é comum que os indivíduos tenham uma sobrevida de até uma década. Normalmente, dividimos o quadro clínico em quatro estágios:

Estágio 1

Alterações na memória recente, modificações no comportamento habitual, com aumento da agressividade, repetição da fala e desconhecimento de indivíduos próximos. As habilidades visuais e o reconhecimento espacial também sofrem.

Estágio 2

Dificuldade para realizar tarefas cotidianas, problemas de linguagem e fala, perda do controle das atividades motoras, agitação constante e dificuldade para adormecer.

Estágio 3

Impossibilidade ou resistência em realizar atividades cotidianas. Incontinência fecal e urinária, normalmente acompanhada de dificuldade para comer e resistência ao tratamento. Piora do quadro de deficiência motora.

Estágio 4

Restrição ao leito, com impossibilidade de comunicação. Dificuldade de alimentação, impossibilidade de conter as fezes ou a urina. Presença de infecções.

Quer saber mais sobre Alzheimer? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre

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