doença de parkinson

Doença de Parkinson: causas e sintomas

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1% da população do planeta sofre de Doença de Parkinson. No Brasil, apesar de não existir a coleta obrigatória de dados numéricos da doença , a estimativa é de 200 mil pessoas afetadas pela degeneração neurológica, segundo o Ministério da Saúde.

Geralmente, a Doença de Parkinson tem início a partir dos 60 anos. Alguns casos precoces podem ocorrer antes mesmo dos 40 anos, no entanto, esses episódios são raros e ocorrem quando a doença é associada a fatores genéticos.

Essa doença subtrai progressivamente as habilidades motoras do indivíduo afetado. Com isso, uma das principais características do Parkinson é o desequilíbrio motor, lentidão e os constantes tremores. Isso ocorre devido à morte dos neurônios da região do cérebro chamada substância negra, responsável pela produção de dopamina.

Tal perda de neurônios avança lentamente . Com isso, a produção de dopamina também cai progressivamente. É importante compreender que a dopamina é responsável por diversas funções, uma delas é gerar a sensação de prazer. Esse neurotransmissor, inclusive, desempenha papel essencial no controle dos movimentos do corpo.

Por isso, com a perda dos neurônios da substância negra, e consequente queda na produção de dopamina, o paciente amarga dificuldades cada vez maiores em manter a estabilidade nos movimentos.

Sintomas da Doença de Parkinson

Além dos tremores já conhecidos, existem outros sinais, como alterações no sono e na memória, além de depressão. Esse último atinge cerca de 40% dos pacientes e pode ocorrer em qualquer fase da doença. Também pode haver alterações no controle da urina e das fezes. Em alguns casos, ocorre constipação intestinal (prisão de ventre).

Além das alterações mencionadas, para que seja configurado o diagnóstico da doença, outros sintomas precisam estar presentes, como: bradicinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural. Entenda cada um deles a seguir.

Bradicinesia

O termo se refere à lentidão anormal na execução de movimentos voluntários e não voluntários. Quando ela ocorre, o paciente tem dificuldades em realizar ações simultâneas com os músculos, ou não consegue manter movimentos repetitivos.

Também pode haver as seguintes situações na bradicinesia:

  • redução da expressão facial;
  • redução dos gestos corporais;
  • falta de movimento conjunto entre membros superiores e inferiores durante o caminhar;
  • redução da deglutição da saliva, que provoca o acúmulo do líquido na boca;
  • aceleração involuntária de movimentos, como o caminhar rápido sem intenção;
  • hesitação no início dos movimentos;
  • frenação súbita na marcha, que pode levar à queda;
  • modificações na escrita, chamada de micrografia;
  • redução do volume da voz, que pode tornar-se muito baixa;
  • falta de entonação na voz, ou voz monótona;
  • hesitações no início da fala, ou aceleração involuntária;
  • pausas inadequadas na fala.

Rigidez

Esse sintoma está presente em praticamente todas as manifestações da doença. A rigidez configura a dificuldade em movimentar os membros de forma permanente ou intermitente. Outros sinais da rigidez é a posição do corpo do paciente: o tronco tende a ser flexionado para a frente (postura encurvada). Além disso, as pernas podem se manter sempre semiflexionadas.

Tremor

Sintoma característico da doença, o tremor pode variar de acordo com a situação em que o paciente se encontra. Mesmo parado, o paciente com Doença de Parkinson apresenta tremores. No entanto, quando se coloca a andar, esse sinal piora. Além disso, se o parkinsoniano passa por tensão emocional o quadro se agrava.

O interessante é que esse sintoma desaparece quando o paciente está dormindo. Geralmente, a mão é o membro mais afetado pelos tremores.

Instabilidade postural

Esse quadro acomete pacientes em fase média a avançada da doença. A instabilidade postural diz respeito à perda dos reflexos em situações em que existe mudança de direção, por exemplo, quando o parkinsoniano caminha.

A instabilidade pode gerar a ocorrência frequente de quedas.

Causas da Doença de Parkinson

A causa da Doença de Parkinson ainda gera controvérsias entre especialistas. As hipóteses giram em torno de diversos fatores, como genética, exposição a toxinas e excesso de radicais livres no organismo. Esse último é chamado de estresse oxidativo, uma condição em que o organismo não é capaz de estabilizar totalmente as células prejudicadas por oxidantes (os radicais livres).

Os radicais livres em excesso são resultado da má alimentação, rica em açúcares; estresse psicológico; presença de infecções no organismo e de outras doenças, como o câncer.

Entender os sintomas da Doença de Parkinson é um fator crucial que contribui muito para a reabilitação do paciente. Caso você identifique pelo menos dois dos sinais mencionados, busque a ajuda de um neurologista o mais breve possível, seja para si ou um familiar.

Quer saber mais? Estou à disposição para solucionar qualquer dúvida que você possa ter e ficarei muito feliz em responder aos seus comentários sobre este assunto. Leia outros artigos e conheça mais do meu trabalho como neurologista em Porto Alegre!

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